CONFEDERAÇÃO NACIONAL DO COMÉRCIO DE BENS, SERVIÇOS E TURISMO

Apesar do prejuízo de R$ 4 bi, poucos supermercados priorizam a prevenção de perdas

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De acordo com a 13ª Avaliação de Perdas no Varejo Brasileiro, elaborada pela Associação Brasileira de Supermercados (Abras), os prejuízos dos supermercados com perdas de todos os tipos foram de R$ 4,74 bilhões, cifra equivalente a 1,95% do faturamento do setor. Um prejuízo bilionário para o setor supermercadista brasileiro.

O estudo foi realizado entre junho e julho de 2013 e consultou 214 empresas, que, juntas, possuem 2.217 lojas e mais de 250 mil funcionários. A pesquisa revelou também que os furtos externos e internos de mercadorias continuam sendo as principais causas das perdas nos supermercados. Elas são responsáveis por 21,4% e 13,1%, respectivamente, das ocorrências nesses estabelecimentos. Perdem apenas para as quebras operacionais (produtos danificados pelos clientes, validade vencida, embalagens vazias cujo conteúdo é furtado etc.), com um índice de 33,4%.

 Prejuízos

 O diretor de Comunicação da Gunnebo Gateway Brasil, Luiz Fernando Sambugaro acredita que é importante popularizar o tema prevenção de perdas. “O lucro líquido do setor supermercadista em 2012 foi de apenas 1,90% sobre o faturamento bruto, enquanto as perdas atingiram 1,95%. Se o supermercadista conseguir diminuir esse índice, o seu esforço é transferido para a última linha do balanço, melhorando o resultado da empresa”, diz.

 “A cada 100 empresas consultadas, apenas 28 possuem uma área específica de prevenção de perdas, ou seja, a maioria não planeja ações para reduzir as consequências de uma das principais causas de prejuízo para o negócio e nem sequer realizam medições do que perdem com furtos internos e externos, por exemplo”, afirma Sambugaro.

 A novidade dessa edição da pesquisa foi o levantamento das perdas nas principais seções do varejo supermercadista. Perfumaria (1,49%), Eletro (0,45%) e Têxtil (0,44%) estão entre os 12 departamentos que mais sofrem prejuízos. Os três mais visados pelos clientes e funcionários mal intencionados são Perecíveis (2,91%), Açougue (2,24%) e Frutas, Legumes e Verduras (4,22%).

 A avaliação mostrou ainda que as tecnologias mais utilizadas para prevenir os prejuízos com as perdas são o circuito interno de TV (CFTV) e os alarmes de acesso, com índices de 40,7% e 31,3%, respectivamente.

  A atenção do varejo com a área de prevenção de perdas cresce ainda mais nesse momento de total apreensão com os índices de inflação, principalmente, no impacto deles sobre o consumo e sobre as negociações de preço com os fornecedores, duas questões cruciais para estabelecer o prejuízo ou o lucro do negócio. “A pressão da concorrência por preços tende a reduzir as margens das empresas até os seus limites. Só os que investirem na eficiência operacional e na prevenção de perdas para evitar prejuízos terão condições de sobreviver”, afirma Sambugaro. 

 

Tecnologia e gestão eficazes 

 A tecnologia antifurto disponível no país é eficaz, mas também é necessário ter uma gestão eficiente e bom capital humano. “Uma boa estrutura com circuito interno integrado às etiquetas antifurto e uma política de segurança interna resolvem 95% dos problemas”, afirma.

 

 As antenas antifurto, aquelas instaladas nas portas das lojas, em conjunto com os mais variáveis tipos de etiquetas (rígidas ou adesivas), além do monitoramento por CFTV, que permite o acompanhamento da loja à distância, até pela internet, são algumas das soluções oferecidas.

Fonte: Portal do Varejo

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